Resenha: Eu sou o Número Quatro – Pittacus Lore

• Nome Original: I Am Number Four 
• Editora: Intrínseca  
• ISBN: 9788580570137
• Ano: 2011
• Páginas: 352
• Classificação: 10/10
• Onde Comprar:
  • Livraria Cultura
  • Livraria Saraiva

Sinopse: Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes com os quais vocês só podem sonhar. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes — mas somos reais. O planeta Lorien foi destruído. Os habitantes foram dizimados, exceto nove crianças e seus Guardiões, que se exilaram na Terra. Mas a raça que devastou aquele planeta os seguiu. Os Nove estão sendo caçados. A guerra deles chegou à Terra, e aqui será decidida.

É uma raridade, mas as vezes acontece de livro e filme serem tão bons que você fica na dúvida de qual é o melhor.

Na trama, nove crianças alienígenas foram mandadas para a terra acompanhadas cada qual com seu Cêpan, seus guardiões e protetores, após terem seu planeta destruído pelos seus maiores rivais, os mogadorianos. Porém, antes disso, os anciões do planeta criam uma proteção nessas crianças, fazendo com que só possam ser mortas na ordem numérica. Quando chegam aqui, os mogadorianos começam a caça-lós um a um, até que toda a raça de Lorien seja extinta.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção é toda essa mitologia de Lorien. Para entender melhor, vou dar uma explicada em como funciona a sociedade loriana. Em Lorien, as crianças nascem Cêpans ou Gardes. Cêpans são os que cuidam da parte burocrática do planeta e são os mentores dos Gardes, e mesmo não tendo nenhum tipo de poder, possuem um conhecimento enorme sobre Lorien. Gardes são os guerreiros protetores do planeta e são treinados desde pequenos para desenvolverem seus Legados, diferentes tipos de poderes que vão aparecendo ao longo de sua juventude. As crianças em geral são criadas pelos avôs até uma determinada idade, para que seus pais possam terminar o treinamento dos Legados.

Acompanhos a historia através da narração de John Smith, o quarto Garde enviado para a Terra acompanhado de seu Cêpan Henri. Para se manterem em segurança, os dois estão sempre mudando de cidade para que não sejam localizados pelos mogadorianos. Isso é uma das maiores frustrações de John, que sempre é obrigado a deixar seus amigos no primeiro sinal dos mogadorianos.

É interessante acompanhar a vida de John, que apesar de tudo isso, não deixa der ser um adolescente como os outros e sofre com os mesmos problemas. E apesar de tudo ele ainda mantêm uma boa relação com Henri, sempre respeitando suas decisões já que são para o seu próprio bem.

O livro toma outro rumo quando John e Henri se mudam para a pequena cidade de Paradise, onde se apaixona por Sarah, e conhece  Sam, que se torna o seu melhor amigo. A partir dai John decide parar de fugir e enfrentar os mogadorianos para conseguir sua liberdade.

A partir dessa segunda parte do livro são muito os momentos de ação frenética, que faz com que nós leitores viremos as páginas com mais verocidade.

O livro é um mix de gêneros que todos gostam, agradando até os leitores mais exigentes. Temos muito romance, ação e aventura, e quando digo “muito”, é muito mesmo!

Quanto ao filme, achei excelente também, porém se você é um daqueles leitores neuróticos que não aceitam que uma cadeira esteja em outro lugar da sala no filme de seu livro, recomendo passar longe. Afirmo com toda a convicção: A única coisa que o livro e o filme tem em comum é o enredo em si e os personagens. De resto, tudo é diferente. São pouquíssimas sequências do livro que foram para as telas, a maioria foi criada especialmente para o filme. Os atores estão muito bem em seus personagens, não imaginaria eles de nenhuma outra forma.

Recomendo os dois, mas primeiro como sempre, leia o livro, pois o filme não explica muitas coisas que é essencial para o entendimento de toda a história.