Resenha: Strange Angels – Lili St. Crow

CROW, Lili St. Strange Angels. Osasco: Novo Século. 2010. 288p.

Sinopse:

O Mundo Real é um lugar apavorante. Basta perguntar para Dru Anderson, uma órfã de 16 anos - garota durona que já acabou com sua parcela de bandidos. Ela está armada, é perigosa e está pronta para atirar primeiro e perguntar depois. Então, vai levar um tempo até que ela possa descobrir em quem confiar. Dru Anderson se acha estranha por mais tempo do que é capaz de se lembrar. Ela viaja de cidade em cidade com seu pai, caçando coisas que nos aterrorizam à noite. Era uma vida bem esquisita, mas boa - até que tudo explode em uma cidade gélida e arruinada de Dakota, quando um zumbi faminto arromba a porta da cozinha. Sozinha, aterrorizada e sem saída, Dru vai precisar de cada pedacinho de sua esperteza e treinamento para continuar viva. Seres sobrenaturais decidiram ser os caçadores - e desta vez, Dru é a presa. Chance de sobrevivência? De pouca a nenhuma.

Finalmente acabei de ler esse livro, foram janeiro inteiro e o começo de fevereiro! Andei comentando nas outras postagens que estava meio lerdo para ler. Aos poucos estou tentando entrar no ritmo de novo.

Quando li a sinopse de Strange Angels, imediatamente muita expectativa foi gerada em mim. Uma caçadora de monstros armada e poderosa?! Adoro isso! Agora vem a questão, será que o livro supriu essas espectativas? Posso dizer que sim.

Como já é comum, o começo do livro é um saco. Dru, a mocinha da vez, fica um bom tempo remoendo o passado, contando tin tin por tin tin das aventuras de seu pai, as conversas com sua avó, memórias de sua mãe e etc. Frustrante isso, afinal a sinopse prometia uma protagonista corajosa e que se envolvia em momentos de ação o tempo todo, algo que não vemos no começo, e pra ser sincero, no livro inteiro. Temos ação sim, mas é aquela ação involuntária, algo que aconteceu, não foi procurado por nossa protagonista. Dru não é uma caçadora de monstros como diz a sinopse do livro, ela é apenas a ajudante de seu pai. O ritmo melhora a partir do momento que ela para de falar do passado, e começa a narrar o livro. Vou aproveitar e falar um pouco dos personagens e da trama.

Dru é uma garota normal que ajuda o seu pai a caçar monstros (é, não tão normal assim). Certa vez, seu pai sai para caçar algo e não conta nada para ela. Ele retorna como zumbi, e Dru é obrigada a atirar nele. Confesso que apesar de ela ser um tanto dramática, achei uma protagonista muito forte, que se envolve em várias bagunças e consegue ser inteligente o bastante pra sair bem de todas elas, diferente de algumas outras personagens, que ADORAM fazer burradas nos momentos que não podem! Depois disso, Dru começa a se envolver com um garoto de sua nova escola, Graves, o gotico deslocado que do nada começa a andar com ela. Graves é um personagem interessante, que dá um toque especial no livro, principalmente a partir do meio, quando um acontecimento muda um pouco sua vida.

Depois de algumas batalhas com Lobisomens e cachorros grandes pegando fogo que querem pegar Dru, entra o vampiro camarada, Christophe. Já estava estranhando a falta do famoso cara bonito que as meninas gritam quando ele aparece. =X

Christophe misteriosamente sabe tudo sobre Dru, se duvidar até o número de calçado que ela usa. Não gostei muito dele, sou mais o Graves. A formula personagem arrogante e que se acha, mas mesmo assim todos adoram, só deu certo no Patch de Sussurro, e um pouco no Jace de Cidade dos Ossos. Com certeza não caiu muito bem em Christophe. O interessante nos personagens é que os três entram em muitas batalhas, e sempre saem bem sucedidos de todas, por usarem, de certa o forma, os talentos que cada um tem.

Algo que todos que leram Strange Angels sabem que é impossível deixar de comentar, é a linguagem usada no livro. Eu não sei como é a versão inglês, mas fiquei curioso pra saber se há tantas girias e palavrões como na nossa versão. No livro, ninguém fala “Você”, só se falam “Cê”. Honestamente, tive a impressão de que a Novo Século queria fazer um livro mais a cara dos jovens, algo que não deu muito certo, o livro ficou meio ridículo. Não consigo entender o porque das coisas voltadas para o público jovem ``precisarem´´ ser mais superficiais, acho que os jovens tem total capacidade de entender um vocabulário tradicional. Me senti um pouco envergonhado lendo esse livro, com certeza não era necessário a simplicdade que foi traduzido.

Só posso dizer que recomendo e muito. Leitura rápida (não pra mim) e prazerosa, com quase tudo que gostamos. Falo quase tudo porque faltou romance no livro.

NOTA: 4/5

PS.: Comprei o meu Crescendo! Nem estou acreditando! Agora é só esperar chegar! =D